sexta-feira, 23 de março de 2012

30 anos com Eugénia Melo e Castro

Após trinta anos de carreira na música, Eugénia Melo Castro lança um novo álbum, “Um Gosto de Sol”, onde regressa (e nos faz regressar também) ao início destes trinta anos. Ao voltar ao estado mais musical do Brasil, Minas Gerais, descobre uma “turma nova” e “músicos garotos cheios de ideias”, mas conseguiu ainda fazer o que pretendia: homenagear a música mineira.

Esta cantora, que teve como formação a música clássica e já trabalhou em televisão, encara o trabalho como um escape e um poço de respostas para as suas ansiedades. Ao aprender a cantar, acabou por descobrir as suas próprias limitações, bem como o género de música que consegue cantar. Ao longo deste tempo de carreira, aprendeu também a divertir-se enquanto trabalha e a não desistir, mesmo que para tal seja preciso dar tempo ao tempo.

A paixão pela música acompanha-a desde tenra idade, também devido à vida familiar, e numa época em que ouvir música portuguesa (excepto a lírica) era considerado uma falta de gosto, Eugénia começou a perceber que era possível cantar na nossa língua materna. É exequível, segundo a mesma, desde que tal seja feito de “forma doce e com uma dicção perfeita”, suavemente.

Não escondendo que desejava ser mais amada em Portugal, reconhece que foi no Brasil que encontrou uma maior valorização, mesmo tendo tido uma entrega igual em ambos os países. Esta diferença nota-se, sobretudo no número de concertos que dá por cada álbum que lança, uma vez que no Brasil chega a dar entre trinta a quarenta.

Quando questionada acerca da sua maior influência a nível da música brasileira, Eugénia não consegue destacar apenas um. Porque todos marcaram a sua vida e carreira, todos de uma forma específica e especial, aponta Milton Nascimento, Caetano Veloso, Chico Buarque, Tom Jobim e Ney Matogrosso.
Num balanço final sobre estes trinta anos, enquanto cantora e mulher, Eugénia Melo Castro declara que nunca se desviou do seu caminho, pois sabe o que quer e isso é apenas a música.


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