Portugal está acima da média da OCDE em alunos que entram no Ensino Superior (mais de 80 por cento). No entanto, o país encontra-se abaixo nos apoios financeiros (menos de 20 por cento da despesa pública com o setor).
É muito gratificante saber que há cada vez mais jovens portugueses a querer investir no seu futuro. Mas é triste saber que a educação é tida tão pouco em conta pelo Estado. Há que investir na qualificação das pessoas, para que haja um desenvolvimento da sociedade e pra que se possa acompanhar os países desenvolvidos. É bom saber que os jovens estão interessados em fazer algo mais, são mais criativos, mais competitivos, mais moldados para seguirem uma carreira académica. Mas também seria bom se o Estado oferecesse melhores condições para os estudantes conseguirem executar todo percurso académico na perfeição.
Pode-se afirmar, com convicção, que esta é a geração altamente qualificada. No entanto, existe uma taxa de desemprego jovem extremamente elevada. Todo o esforço do jovem, a nível psicológico e monetário, acaba por ser em vão. Pelo menos é o que muitos jovens pensam.
Eu também já pensei no que me vai acontecer se, quando terminar o meu curso, não conseguir encontrar trabalho remunerado. Sim, porque não conto com estágios na remunerados, que são o 'pão nosso de cada dia'. Qual será a minha reacção se não conseguir arranjar emprego? Quais são as hipóteses que tenho para contornar a revolta que sinto? O que é que vou fazer? São algumas perguntas que devem estar na cabeça de milhares de jovens que não conseguem concretizar os seus sonhos aqui em Portugal.
E, por incrível que pareça, surge mais uma vez a procura de emprego no estrangeiro. Há cada em mais jovens a sair de Portugal e a tentar a sua sorte lá fora. O país não lhes dá oportunidades de mostrarem o que valem. Assim, muitas mentes brilhantes de Portugal vão embora e fazem o maior sucesso em países que apostam na qualidade das pessoas.
Já estive mais longe de tentar obter experiência no estrangeiro, mas tenho algo muito português: o querer sempre voltar a casa. Sei que, se algum dia emigrar, vou ter de regressar a casa de vez, porque o meu objectivo é ser feliz no país que me viu nascer.
Joana Martins
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